Salvação em Meio a Tempestade

Tempo de Paz

Lc 08:22-25 Jesus acalma uma tempestade
22 Ora, aconteceu certo dia que entrou num barco com seus discípulos, e disse-lhes: Passemos à outra margem do lago. E partiram.
23 Enquanto navegavam, ele adormeceu; e desceu uma tempestade de vento sobre o lago; e o barco se enchia de água, de sorte que perigavam.
24 Chegando-se a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança.
25 Então lhes perguntou: Onde está a vossa fé? Eles, atemorizados, admiraram-se, dizendo uns aos outros: Quem, pois, é este, que até aos ventos e à água manda, e lhe obedecem?

Este trabalho é o primeiro de uma série, que objetiva trazer maiores detalhes das preleções realizadas. Desta forma procuraremos trazer mapas, fotos e curiosidades que muitas vezes impossiblita o preletor de coloca-las durante um sermão.

Galiléia

Significados: Em hebraico "galil", círculo, região.
Nome primitivo de um distrito, situado na região montanhosa de Naftali, 2 Rs 15: 29; 1 Cr 6: 76. Quedes era uma das suas cidades, Js 20: 7. As vinte cidades que Salomão deu a Hirão estavam situadas na Galiléia, 1 Rs 9: 11. Nesta região residiam muitos cananeus, Jz 1: 30-33; 4: 2. a expressão "Galiléia dos Gentios" queria dizer que a região assim chamada, era habitada em grande parte por elementos estrangeiros, Is 9: 1; comp. 1 Mac 5: 15; Mt 4: 15. Este nome estendeu-se gradualmente até chegar à planície de Esdraelom para o sul, 1 Mac 5: 55; 10: 30; 12: 47, 49. Muitos de seus habitantes haviam sido deportados especialmente durante as guerras dos assírios, 2 Rs 15: 29 1 Rs 15: 20. Os poucos judeus ali existentes foram conduzidos para a Judéia, por Simão Macabeu, pelo ano 164 a. C., 1 Mac 5: 23. Em breve, porém, a Galiléia, foi novamente povoada por judeus. Fez parte do reino de Herodes, o Grande, e por sua morte passou a pertencer a Herodes tetrarca. É a província mais setentrional das três províncias a oeste do Jordão, em que a Palestina foi dividida no tempo dos romanos, não falando na Fenícia. No período da guerra judaica, ano 70 da nossa era, foi dividida em Alta e Baixa Galiléia, limitada ao norte pelo território dos tirios, ao sul, pela linha divisória de Samaria e Citópolis até ao Jordão, ao oriente, por Hipene, Gadara, Gaulonitis e o reino de Agripa, isto é, pelo Jordão e seus lagos, e a oeste, pela Fenícia. A Baixa Galiléia estava ao sul da alta Galiléia e se estendia desde Tiberíades até perto Ptolemaida, que agora se chama Acre, no Mediterrâneo (Guerras 3: 3, 1 Vida 13, 14 comp. Jud. 1: 8). Naquela época tinha uma população muito densa. Contribuiu com um exército de 100.000 homens, Guerras 2: 20-6. Dentro dos limites das duas Galiléias, havia 240 cidades e aldeias (Vida 45). A menor delas tinha uma população de 15.000 habitantes, Guerras 3: 3, 2. a maior das cidades chamava-se Séforis e a maior das aldeias chamava-se Jafa (Vide 45).

A mistura da raça contribuiu para formar um novo dialeto, Mc 14: 70 Lc 22: 59; comp. At 2: 7. Desta região não consta ter vindo profeta, Jo 7: 41, 42. E, todavia, quase todos os apóstolos de Jesus eram galileus, ele mesmo foi ali educado, e fez da Galiléia o cenário principal de seu ministério; trabalhando na região oriental à beira do mar de Galiléia e dentro de sua área, em Corazim, Betsaida, Cafarnaum, Naim, Caná e Nazaré. A Galiléia tem cerca de 111 quilômetros de comprimento e 46 de largura. É montanhosa pitoresca. A Baixa Galiléia divide-se da Alta por uma linha imaginária, correndo do extremo norte do Lago até ao Acre. É região fértil em cereais. As montanhas são de pequena elevação, inferior à da Alta Galiléia, não tendo altitude acima de 600 metros. A Alta Galiléia possui altitudes de 700 e 1.400 metros, e suas montanhas conservam extensos olivais.

Mar da Galiléia

Se a água era doce porque o nome era de mar? A seguir dados e explicações a respeito .

Segundo o Dicionário Davis , o Lago de água doce, formado pelo Jordão, a princípio chamava-se Mar de Quinerete, Nm 34: 11, mais tarde Lago de Genezaré, Lc 5: 1 Antig. 18: 2, 1; comp. 13: 5, 7 1 Mac 11: 67, e ainda Mar de Galiléia e Tiberíades, Jo 6: 1; 21: 1. O último nome, de Tiberíades, permanece sob a forma árabe Bahr Tabariya. É cercado de montanhas, exceto nos lugares por onde entra e sai o Jordão. As montanhas do lado do nascente sobem à altura de 350 metros; as do poente, em direção ao sul do Lago, tem o mesmo aspecto, porém as que se estendem para noroeste são menos elevados e menos escarpadas. Por causa da sua considerável extensão deram-lhe o nome de mar, não obstante serem doces as suas águas. Mede 23.613 metros de comprimento, desde a entrada do Jordão até à sua saída; a maior largura, em frente de Magdala, é de 13.890 metros. A costa oriental é quase em linha reta, e a ocidental apresenta uma extensa curva, que vai de Tel Hum até Tiberíades. O nível das águas está a 225 metros abaixo do Mediterrâneo. Apesar de seu nível inferior, a temperatura é semitropical. O Hermom está nas suas vizinhanças coroado de neves eternas, onde se originam violentas e repentinas tempestades, que se desencadeiam pelos desfiladeiros das montanhas até penetrar nas águas do Lago.

Tristram enumera vinte e duas espécies de peixes, que o enriquecem: Duas de Blenniidae; sete de Chromidae; uma de Siluridae; e doze de Cyprinidae. Algumas destas espécies tem nomes de personagens bíblicas: Chromis Andrei, C. Simonis e C. Magdalenae. O peixe melhor de todos para a mesa, presentemente, é o Clarias Magdalenae e o Barbus Longiceps, que os ingleses chamam respectivamente "sheatfish" e "barbel." O sheatfish que o historiador Josefo chama Coracinus (Guerras 3: 10, 8), pertence à mesma família do lobo marinho que chega a ter um metro de comprimento. O peixe mais abundante é o Cromis tiberiades.

Vigília

Segundo pesquisa realizada, as divisões seriam conforme descrição a seguir:

Período das trevas:- Gn 1: 5, dividido em três vigílias: do acaso à meia-noite, da meia-noite ao cantar do galo, e do cantar do galo, ao amanhecer, Lm 2: 19; Jz 7: 19; Ex 14: 24

Hebraica:- Cada vigília abrangia um terço do tempo entre o por do sol e a alvorada, cerca de quatro horas cada uma, dependendo da época do ano, cf.. Lc. 12:38. A primeira vigília estendia das 18 às 22 horas, a vigília média abrangia da 22 às 2 horas da madrugada e a última chamada de vigília da madrugada que iniciava às 2 estendendo até o nascer do sol. Vejamos algumas citações Sl. 63:6 e Jz. 7:19.

Romana:- os judeus adotaram a prática grega e romana de quatro vigílias noturnas cf. Mt. 14:25. As divisões ficavam assim dispostas:- vigília da tarde ia do pôr-do-sol até cerca das 21 horas, cf. Mc. 13:35. A segunda vigília chamada da meia-noite começava por volta das 21 horas e terminava à meia-noite, a terceira vigília (cantar do galo) se estendia da meia-noite até por volta das 3 horas da manhã cf. Lc. 12:38 e finalmente das 3 da manhã até o nascer do sol que era a quarta vigília.Em Atos 23:23 faz-se menção que foi à terceira hora ou por volta da 21 horas, deixando com isto transparecer que havia uma divisão de 12 horas para o período noturno.

Importante é frisar que os judeus contavam o inicio do dia ao pôr-do-sol procurando com isto evitar os prolongamentos ou abreviações devido às estações do ano. Para os romanos o dia começava à meia noite, isto permitia a divisão do dia em dois períodos de 12 horas, como é utilizado na maioria das nações até hoje.

Filosofia / Psicologia

A filosofia trouxe através de seus expoentes pensadores uma enorme contribuição para que a psicologia pudesse sistematizar a estrutura de pensamento do ser humano, e esta é uma das formas antigas de procurar manter o equilíbrio psicológico fazendo com que cada um possa viver bem consigo mesmo e se relacionar com o próximo.

Creio que vale a pena citar alguns destes filósofos e parte do que deixarem em contribuição, objetivando com isto trazer a este texto subsídios para uma melhor compreensão.

Como já descrito a teoria do conhecimento assume desde a antiguidade lugar de destaque e passando pela idade moderna chegamos aos período atual que alguns denominam de Pós-modernismo, e continuamos com o debate. Duas correntes principais se desenvolvem: o racionalismo e o empirismo.

O racionalismo tem seu maior expoente em Descartes, que entende ter a razão predomínio absoluto de todo conhecimento possível. Porém o inglês John Locke apesar da forma cartesiana, elabora sua teoria do conhecimento a partir da experiência sensível direta ou indireta.

Dentro deste aspecto de possibilidades do conhecimento não poderíamos esquecer do Ceticismo e do Dogmatismo. O Cético diz “nada existe” , é provável que devido a origem da palavra na língua grega “Skeptikós” o cético tanto observa e tanto considera que acaba por radicalizar admitindo a impossibilidade do conhecimento. Por outro lado os,(Dogmatilós) admitem possuírem todo o conhecimento chegando ao ponto de serem refratários às demais formas de conhecimento e inviabilizando inclusive o dialogo. Mesmo que não sendo esta a prática de todos os dogmáticos, esta é uma características inclusive de algumas seitas.

O mundo muda, os acontecimentos se sucedem e o homem dogmático permanece petrificado nos conhecimentos dados de uma vez por todas. Disse Nietzsche que “as convicções são prisões”. Fechados ao diálogos, o ser dogmático teme o novo e não raro se torna intransigente e arrogante.

É bem provável que você caro leitor esteja se perguntando, qual seria então a forma ou conduta ideal? Não quero ser pretensioso e tão pouco dono da verdade, mas dentro do que queremos passar neste material, é de fundamental importância que não percamos o foco do texto em referencia, que é obter salvação e, meio a tempestade. Sendo assim, é fundamental que a nossa mente esteja aberta aos conhecimentos da palavra do Senhor Jesus Cristo e a Fé seja colocado em ação mesmo diante das maiores adversidades e para que isto seja possível, não podemos radicalizar no ceticismo, no empirismo ou no dogmatismo pois ambos nos levariam ao fracasso. Precisamos sim conhecer a palavra de Deus e a partir dela formularmos o conhecimento de Deus, permitindo que a revelação de Deus possa trazer aos nossos corações a firme convicção daquilo que Deus quer de cada um de nós.

Texto Mensagem

Auto-suficiência – A característica principal de uma pessoa auto-suficiente deve ser entendida como aquele que tem fim em si próprio, não precisando depender de Deus e até mesmo de outros. Porém como tudo na vida se não for dosado pode tomar rumos diferentes e prejudiciais. Tal prejuízo pode chegar a considerar a possibilidade de não precisar de Deus, ou sequer de admitir a necessidade de salvação o que é um grande erro com conseqüências de morte.
Auto-confiança - De igual modo se não administrarmos bem esta área, teremos problemas com o excesso de auto confiança ou a falta de confiança exagerada que pode levar a um sentimento de inferioridade e até mesmo chegar a ponto de provocar depressões.

Alguns exemplos na bíblia servem perfeitamente para exemplificar ambos os lados, demonstrando que tanto no Antigo como no Novo testamento, ocorreram fatos que demonstram a realidade do presente século.

Exemplos Negativos:

Ló: Quando da separação entre Abraão e Ló, os olhos de Ló estavam no natural e contemplou as campinas verdes florescentes de Sodoma e Gomorra e não permitiu receber de Deus a orientação para sua vida, sequer permitiu que a fé contemplasse o bem de Deus mesmo em meio a aridez do deserto.

Data e Abirão: No momento em que Moisés sobe o monte para obter de Deus os mandamentos, estes dois incitam o povo e conseguem mover Arão do propósito que tinham de aguardar Moisés retornar com aquilo que Deus daria a eles.

Judas: Este exemplo no Novo Testamento demonstra que mesmo aqueles que andaram junto ao Mestre não escaparam de serem contagiados pelo espírito do desânimo e pela falta de Fé. Judas ao ser tentado pelo ganho fácil, mesmo que alguns estudiosos entendam que o valor recebido por ele era equivalente a um mês de trabalho, o que não era nenhuma fortuna, não conseguiu manter sua Fé no Senhor.

Exemplos positivos:

Abraão: Pelo menos em dois momentos diferentes podemos verificar que a confiança de Abraão não estava simplesmente em si próprio, mas em Deus, apesar de possuir qualidades de administrar.
Gn. 12:1 1 Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.

Gn. 13: 8 Disse, pois, Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos.
9 Porventura não está toda a terra diante de ti? Rogo-te que te apartes de mim. Se tu escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, irei eu para a esquerda.

Moisés: Apesar de ter sido criado dentro da casa de Faraó em meio as mais influentes autoridades e meios de ensino da época, quando se deparou com situações difíceis, não ejetou em dizer ao Senhor quye sem a presença do Senhor ele não sairia dali.

Davi: Homem usado por Deus, experimentado nas batalhas com grande habilidades nas guerrilhas mas, quando se via em apuros automaticamente clamava a Deus e se colocava totalmente nas mãos de Deus.

Paulo: Dotado de grande conhecimento secular, de perseguidor tornou-se perseguido considerado um dos maiores ícones do Novo Testamento e de igual modo declara com freqüência que toda a sua confiança estava no Senhor.

A Bíblia diz em Jr. 17:5 Assim diz o Senhor: Maldito o varão que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! Desta forma quando o ser humano coloca a confiança em si próprio desprezando os conselhos de Deus e de sua palavra, é fatal a derrota. Não obstante quando o homem não tem auto-estima pode cair em depressão ou doenças semelhantes, como já frisado anteriormente.

Exemplos recentes: Banco Santos, Caderneta de Poupança Delfim, Promessas eleitoreiras.

Bibliografia
Bíbliasoft – CD-Rom
MORRIS, Leon L.,O Evangelho de |Lucas, Introdução e Comentário. Vida Nova, São Paulo, 1974.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando, Introdução à Filosofia. 2º edição ver. Atual. São Paulo: Moderna, 1993.
CARPIGIANI, Berenice. Psicologia: das raízes aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Pioneira, 2000.
KASCHEL, Werner. Dicionário da Bíblia de Almeida. Baruerí